A biodiversidade, ou diversidade biológica, é o nome dado à variedade de organismos que vivem em determinado ambiente. A biodiversidade marinha, portanto, diz respeito à fauna, flora, microorganismos e ecossistemas de mares e oceanos.
A biodiversidade marinha é maior que a terrestre — especialmente se levarmos em conta que dois terços da superfície terrestre são cobertos por mares e oceanos. Como a vida se originou em ambiente marinho, há 3,5 bilhões de anos, é natural que a maior diversidade de espécies e linhagens seja encontrada nos mares e oceanos.
Apesar disso, os oceanos ainda são um território misterioso para a ciência. Somente no fim da década de 1980, por exemplo, é que foram descobertas as Prochlorophytas — cianobactérias fotossintetizantes, responsáveis por 40% da clorofila existente nas regiões oceânicas, onde há poucos nutrientes.
Mesmo assim, a biodiversidade marinha sofre ameaças devido à ação humana. Entre os principais problemas, destaque para a aquicultura, a pesca predatória e a poluição. Estima-se que 27% dos recifes de todo o mundo tenham desaparecido. Segundo especialistas, um aumento de 2 a 3ºC na temperatura do planeta já poderia acarretar no desaparecimento desse ecossistema, já que os recifes têm capacidade de adaptação limitada. Os manguezais, que funcionam como berçários para diversas espécies, também são frágeis e sofrem principalmente com o desmatamento.
É nos oceanos que ocorrem algumas funções básicas fundamentais, como os ciclos do Carbono, Nitrogênio e Fósforo, essenciais para a manutenção do clima terrestre. Por isso, entender melhor a biodiversidade marinha é importante para a conscientização ambiental e preservação do equilíbrio do planeta.