Conhecido por sua rica natureza, no Brasil o abundante recurso hídrico é a grande força que movimenta a produção da energia elétrica no país. E isso só é possível porque aqui estão presentes diversos rios extensos e abundantes, que correm sobre depressões e planaltos. Assim, a fonte principal de energia elétrica do país é a energia hidráulica, sendo usada em larga escala na geração de eletricidade.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, as usinas hidrelétricas chegam a fornecer em torno de 90% da energia elétrica utilizada em território nacional. Os outros 10% são utilizadas por usinas nucleares ou termelétricas.
De toda a energia produzida no país, a maior parte dela é destinada a Região Sudeste, por ser essa a região mais industrializada e, sendo assim, a que mais necessita de energia. Enquanto isso, em outras regiões do país, o custo do investimento para obras de grande porte para a produção da energia hidrelétrica, muitas vezes acaba inviabilizando sua realização.
Mas, mesmo em meio às dificuldades econômicas para se investir nesse segmento, o Brasil ainda tem um grande potencial para a construção de mais usinas, visto a sua enorme capacidade hidráulica que, atualmente, fica atrás apenas de países como China e Rússia.
A grande virtude do Brasil neste quesito está na possibilidade do desenvolvimento de novas usinas hidrelétricas, ampliando assim sua capacidade.
Isso porque a energia hidráulica aqui disponível consegue suprir as necessidades nacionais em termos de eletricidade, não necessitando da utilização de outras formas de geração de energia altamente poluentes, como ocorre em muitos países.
O lado negativo da construção de novas usinas está na relação direta com questões ambientais cruciais, pois para a construção de novas usinas, via de regra, uma grande área sofrerá com a degradação ambiental em virtude de fatores como o enorme espaço necessário para a construção de um lago artificial, utilizado no processo de geração da energia nas hidrelétricas.
Assim, fatores como a perda de fauna, florestas, solos e a necessidade da retirada de populações ribeirinhas que vivem às margens dos rios, precisam ser pensados com respeito e com o amparo da Lei para que o desenvolvimento não se sobreponha a questões como sustentabilidade e direitos humanos.