© Depositphotos.com / homydesign A poluição mais devastadora é a poluição química do ar produzida pelo homem, sobretudo por meio das indústrias.

Caracterizada pela alta concentração de substâncias químicas prejudiciais à saúde, a poluição do ar é uma das principais preocupações mundiais nas últimas décadas. Este problema é causado pela emissão de líquidos, gases e matérias biológicas que contaminam o ar, fazendo com que a atmosfera se torne imprópria para os seres vivos.

Embora a poluição química produzida pelas indústrias seja uma das maiores responsáveis pela poluição do ar, a presença de impurezas na atmosfera já existia mesmo antes do surgimento das fábricas. Na Roma Antiga, por exemplo, a queima de madeira liberava elementos nocivos para a atmosfera. Entretanto, foi a partir da revolução industrial que esse processo se acentuou drasticamente.

A poluição química começou a afetar pesadamente o ambiente a partir do século XIX, devido à combustão de carvão. Em 1952, a emissão de partículas químicas e de compostos de enxofre fez com que 4 mil habitantes falecessem em Londres, por conta de complicações respiratórias. Nos meses que procederam tal evento, apelidado de Big Smoke, (Grande Fumaça, em tradução livre do inglês), cerca 8 mil pessoas morreram e outras 100 mil adoeceram.

Grande parte dos compostos químicos danosos são resultado da queima de combustíveis fósseis como petróleo. Um dos poluentes mais conhecidos, os Clorofluorcarbonetos (CFCs), foram basicamente abolidos no mundo inteiro por danificar a camada de ozônio, colaborando com o efeito estufa e com a incidência de câncer de pele. Antes de serem banidos, esses gases eram utilizados em aparelhos de ar-condicionado, sprays de aerossol e geladeiras.

Os impactos da poluição química para a saúde humana são enormes. Tosse, ardência nos olhos, nariz e garganta e dificuldades respiratórias são alguns dos sintomas recorrentes. Dependendo do tipo de poluente e da intensidade do contato, as pessoas podem desenvolver câncer e ter os seus sistemas reprodutores e imunológicos danificados. Na natureza, o enxofre acidifica o ar, agravando o risco de chuva ácida. Outros gases também aumentam a temperatura média da terra, levando ao degelo das calotas polares, entre outros problemas que ameaçam fauna e flora.