O Brasil possui 7.491 quilômetros de costa litorânea voltado ao oceano atlântico, o que faz dele o 16° maior país em termos de litoral. Isso significa que a biodiversidade marinha em nossa costa é extremamente rica. Estima-se que, entre algas, plantas e animais, existam 9.103 espécies registradas no litoral brasileiro — sendo que é possível que esse número chegue a mais de 13.000.
Essa totalidade de espécies é chamada de biota marinha. Cientificamente falando, biota deriva do grego bios, que significa vida. Em outras palavras, a biota se refere a todos os seres vivos existentes de um ambiente específico. Trata-se um conceito bastante flexível, que pode ser empregado de diferentes maneiras, tais como:
- Biota de um determinado habitat: biota do rio Amazonas, biota da mata atlântica, biota do cerrado;
- Biota de um determinado período geológico, a exemplo da biota do período mezosóico (ou biota mezosóica), biota do período paleozóico (ou biota paleozoica);
- Biota em um sentido mais abrangente, referindo-se ao conjunto de esferas abióticas — atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera — que compõem a bioesfera.
Biota: garantindo a recuperação da vida marinha
Conhecer todos os seres que compõem a biota da vida marinha é extremamente importante no momento de recuperar uma área degradada. Isso porque o oceano é diariamente agredido por diversos poluentes decorrentes da ação humana. É o caso do derramamento de petróleo, metais pesados, esgoto doméstico e lixo.
Assim, para analisar em detalhes a biota marinha, pesquisadores utilizam uma série de técnicas. São elas:
- Análise em laboratório de amostras de recifes para identificar índices de riqueza, densidade e diversidade de organismos;
- Raspagem e registro fotográfico para determinar a extensão de substratos naturais;
- Coleta de plâncton para análise de sua densidade e estágio;
- Captura, análise e monitoramento de determinadas espécies de mamíferos.
Por meio do conhecimento profundo da biota marinha, é possível criar intervenções verdadeiramente eficazes para restaurar a vida marinha, sem causar nenhum dano às espécies de algas, plantas e animais.