A água é o recurso mais importante que há para a humanidade. É essencial para todos os ecossistemas, para todas as economias e, claro, para a vida.

O mau uso da água como recurso não só afeta comunidades inteiras, que precisam se esforçar para conseguir simplesmente sobreviver, como também desestabiliza a economia local e nacional. Enquanto alguns países parecem prosperar, outros sofrem.

Para começar a resolver esse problema, grandes indústrias devem se comprometer com uma gestão responsável dos recursos hídricos, durante todos os processos dentro da cadeia produtiva. Da mesma forma, produtores menores podem e devem desenvolver programas que sigam os mesmos passos, empresas devem reduzir gastos, e por fim, essa responsabilidade também recai sobre os ombros da sociedade como um todo.

O mapeamento de recursos hídricos é uma das técnicas utilizadas por essas indústrias como maneira de honrar seu compromisso. A Coca-Cola, por exemplo, vem trabalhando em métodos que reduzem o uso da água na produção de seus produtos há anos. Eles começaram a monitorar esse fator em 2001 e, de lá para cá, foi observada uma queda de cerca de 30%. Mas não foi na produção que sua atuação se mostrou eficaz.

Ao mapear áreas da Bacia Amazônica, por exemplo, a empresa apoiou programas que conseguiram reduzir o desmatamento em até 75%, fator que está diretamente ligado à presença de água na região. E não existe um só programa focando neste tipo de ação.

A organização The Nature Conservancy (ou TNC), realiza em parceria com governos e comitês de bacias hidrográficas pelo Brasil e pelo mundo, o mapeamento dos proprietários de áreas próprias de geração e de retenção de água nas bacias. Com essa informação, o projeto então regulariza e insere o local no Cadastro Ambiental Rural.

Em seguida, estabelece quais árvores devem ser preservadas e quais outras deverão ser plantadas. Apenas no Sudeste, o programa pretende conservar nascentes e rios, que abastecem aproximadamente 60 milhões de pessoas.

Vale ressaltar que o uso da água não se dá apenas na cadeia produtiva dentro das fábricas, mas também, e principalmente, no setor agrícola. Estima-se, que 70% de todos os recursos hídricos mundiais vão para a agricultura. O mapeamento se mostra fundamental na gestão desse segmento, considerando que ele é altamente suscetível ao clima.

Com as informações, tecnologias e engajamento certos, é possível estabelecer os locais mais propícios para geração de água nas áreas agrícolas e reduzir sua dependência climática. Unindo isso a um monitoramento inteligente dos recursos utilizados nas plantações e no gado, o uso de água pode ser reduzido consideravelmente.

Podemos observar que os recursos hídricos são fundamentais em todos os setores e, por isso mesmo, são também responsabilidades de todos. Desde a agricultura até as fábricas e as casas, é obrigação da humanidade compensar a superutilização de algo tão absolutamente essencial para a vida.