Com o objetivo de incentivar a reciclagem do plástico, nasceu no Uruguai uma moeda de troca chamada “Plasticoin”.
Trata-se de um projeto apoiado pela Agência de Desenvolvimento Nacional (ANDE), realizado em Piriápolis, uma cidade-balneário uruguaia. Nele, os resíduos plásticos recicláveis transformam-se em uma moeda ecológica, valorizando a reciclagem e a economia circular do plástico.
Os participantes recolhem o lixo plástico das praias (ou de suas casas), que são separados e limpos. Em seguida, os interessados se cadastram no site do projeto e criam uma conta que permite acumular a moeda virtual “plasticoins”.
Feito isso o material é levado aos centros de coleta, localizados em diferentes pontos, onde são pesados. O valor equivalente ao que foi entregue é creditado na carteira virtual de cada pessoa. Esses créditos podem ser trocados por produtos, benefícios ou descontos em empresas, lojas, restaurantes e outros serviços associados.
Cada quilo de plástico doméstico vale 100 “plasticoins”. Já o plástico coletado nas praias vale o dobro: 200 “plasticoins”. Mas se o participante conseguir coletar microplásticos nas praias, a valorização é ainda maior: 400 “plasticoins” por quilo.
Qualquer tipo de plástico pode ser entregue ao projeto: desde garrafas PET, a embalagens vazias, tampas, bandejas, recipientes para alimentos, garrafas de leite ou iogurte, desde que limpos, secos e compactados. De acordo com os responsáveis, não é necessário usar água para a limpeza, apenas um pano úmido já é o suficiente.
O projeto foi criado pensando em educar e recompensar a população pelos seus esforços, assim como promover mudanças na maneira como os resíduos são vistos, gerando valor. Segundo o WWF Brasil, sem mudanças sistemáticas urgentes na forma como o plástico é produzido, consumidos e eliminados, a poluição do plástico deverá dobrar até 2030.
Por isso, a reciclagem é o melhor caminho para salvar o planeta e dar aos resíduos, sejam eles plásticos ou não, um novo destino.