Assim como as refinarias de petróleo, as biorrefinarias integram nas mesmas instalações, equipamentos e processos de conversão de biomassa em energia. Essas usinas trazem a possibilidade de desenvolver os mesmos produtos derivados do petróleo, só que a partir de matérias-primas renováveis, reduzindo assim os impactos do efeito estufa.

Flickr.com/National Renewable Energy Lab No Brasil, as biorrefinarias enfrentam alguns desafios econômicos para se modernizar e ampliar a sua produção.

Os produtos fabricados em uma biorrefinaria são separados em duas categorias: energia e químicos. A primeira categoria agrupa três formas de energia: gasosa (biogás), sólida (carvão) e líquida (biodiesel). A segunda linha agrupa produtos químicos de alta tonelagem, ácidos orgânicos (derivados do açúcar), polímeros e resinas (derivados de amido) e biomateriais (derivados de madeira, papel, entre outros).

O Brasil e a biorrefinaria

No Brasil, os principais insumos processados em biorrefinaria são derivados da cana-de-açúcar e da soja. Depois de encaminhadas para as usinas sustentáveis, essa matéria-prima dá origem a diversas soluções como biocombustíveis, alimentos, rações, fertilizantes, bioenergia e produtos químicos.

As biorrefinarias conseguem substituir grande parte dos produtos derivados do petróleo e do gás natural, com a vantagem de usar matéria-prima renovável. Apesar disso, essas usinas ainda tem que enfrentar alguns desafios econômicos para se modernizar e ampliar a sua produção.

Diante desse cenário, o Brasil precisa desenvolver melhores práticas para o aproveitamento da energia química que a biomassa possui, para isso é importante o investimento em técnicas de conversão. Além disso, o país precisa focar também na diminuição dos custos para a produção desses produtos e ainda pensar na estratégia competitiva desses insumos no mercado.