Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota de veículos nas capitais do país mais que dobrou nos últimos dez anos. Esse crescimento se deve especialmente às diversas linhas de crédito e demais estímulos dados aos consumidores como forma de incentivo na aquisição de veículos novos.

Embora seja boa para a economia e para a satisfação do consumidor, a presença de carros novos traz como consequência o aumento de veículos que são descartados por serem considerados sem condições de uso e funcionamento. Pergunta-se então: qual o destino desses veículos? É possível recicla-los?

flickr.com / George Laoutaris É possível reciclar carros e praticamente todas as suas peças podem ser reaproveitadas.

A boa notícia é que, sim, possível reciclar veículos. Praticamente todas as peças de um automóvel podem ser reaproveitadas: a carcaça — que corresponde a 68% do carro — se transforma em material para novos veículos, enquanto pneus podem se tornar material para pavimentação de ruas e para-brisas é reciclado para fazer garrafas.

Em locais como Estados Unidos e diversos países europeus, a reciclagem de veículos é extremamente eficiente. Nessas localidades, até 95% dos veículos que não estão mais em condições de circulação são reciclados. No Brasil as coisas são um pouco diferentes: o índice de veículos que são reciclados no País não ultrapassa a casa de 1,5%.

Apesar do baixo número, o Brasil possui atualmente mais de 10 milhões de automóveis passíveis de reciclagem, o que representa mais de 5 milhões de toneladas de sucata ferrosa. Esses dados evidenciam a importância em se investir no segmento de reciclagem de veículos, que traz como benefícios não apenas a redução de lixo acumulado, mas a diminuição da extração de carvão e minério de ferro.