A economia azul pode ser compreendida como uma maneira inteligente de transformar problemas em oportunidades, propondo mudanças estruturais na economia, sempre com base no funcionamento dos ecossistemas, no uso inteligente dos recursos naturais e no aproveitamento dos recursos naturais de maneira racional e consciente.

flickr.com / tomisl.z Economia azul é uma maneira inteligente de transformar problemas em oportunidades, sugerindo mudanças estruturais na economia e pensando no uso inteligente dos recursos naturais.

A ideia foi desenvolvida pelo empresário Gunter Pauli, que, em seu livro “Blue Economy”, apresenta mais de 100 ideias inovadoras para beneficiar tanto o meio ambiente como também as necessidades humanas e o desenvolvimento econômico. Gunter acredita que, caso suas idéias sejam colocadas em prática, mais de 100 milhões de empregos seriam gerados automaticamente em todo o mundo, beneficiando a economia como um todo.

De acordo com o empresário, uma vez que a economia azul se baseia no ciclo de vida dos ecossistemas e não gasta recursos naturais em demasia, a adoção de suas propostas não provocaria um aumento no preço dos produtos — sendo essa uma das grandes diferenças em relação à outro modelo econômico bastante comum nos dias de hoje: a economia verde.

No Brasil, alguns conceitos e práticas da economia azul já saíram do papel. É o caso, por exemplo, do projeto do engenheiro João Alberto Vieira Costa, que realiza pesquisas com algas Spirulina para absorção de CO2 decorrentes da queima de carvão. No projeto, as algas, absorvem o gás e ainda produzem proteínas passíveis de utilização na alimentação, podendo ainda ser utilizadas como biocombustível.