© Depositphotos.com / radstyle O processo de compostagem colabora com a diminuição dos lixos domésticos que geramos diariamente.

Compostagem é o nome dado ao processo de decomposição biológica e de reciclagem de matéria orgânica animal ou vegetal. Resíduos orgânicos domésticos, comerciais, industriais, agropecuários e podas de jardins podem ser aproveitados na compostagem. A transformação desse tipo de material em composto orgânico reduz a quantidade de lixo úmido depositado em aterros sanitários ou lançados irregularmente em áreas públicas.

Como consequência do processo de compostagem, é possível diminuir os gastos com o serviço de coleta de lixo doméstico e a sobrecarga de resíduos em aterros sanitários. Mais de 50% do lixo doméstico do Brasil é composto por material orgânico que pode ser utilizado como adubo, melhorando significativamente a qualidade de solos cultiváveis.

A formação do húmus (biomassa) ocorre por fermentação em ambiente oxigenado, com a liberação de dióxido de carbono e vapor d´água. A produção do composto orgânico pode ser feita por meio da compostagem aerada por revolvimento ou feita com auxílio de sopradores.

A decomposição acontece por ação de microrganismos (bactérias e fungos) existentes nesses resíduos. O processo aeróbico não gera odor desagradável, ao contrário do que acontece com a compostagem anaeróbica, que libera sulfato e metano.

Quais materiais podem ir para a compostagem?

Há uma grande variedade de produtos que podem ser aproveitados para a compostagem. Alguns deles são:

• Frutas, legumes, hortaliças, cascas e bagaços;
• Restos de alimentos descartados por supermercados, feiras e restaurantes;
• Produtos alimentícios fora do prazo de validade;
• Pó de serraria e de carvão vegetal;
• Podas de jardins e de árvores;
• Lodo de estação de tratamento de esgoto biológicas;
• Resíduos de aviários;
• Cascas de eucalipto e pinus;
• Plantas e flores descartadas por floriculturas;
• Papel jornal e papelão.

É possível fazer a compostagem em casa?

A compostagem caseira pode ser feita com a utilização de recipientes grandes, como baldes e caixas plásticas. É preciso espaço para revolver o material e, assim, oxigenar todas as camadas. Pode-se também comprar uma composteira equipada com o misturador. É importante que os recipientes tenham furos na parte de baixo para escoar o chorume (um resíduo que pode ser coletado e usado como biofertilizante).

Como o processo de compostagem é demorado, é possível usar produtos biológicos para acelerar a decomposição dos materiais orgânicos. Para ter um composto orgânico equilibrado, recomenda-se a mistura de produtos ricos em carbono (resíduos secos como serragem, folhas secas, jornal, podas de árvores) e nitrogênio (folhas verdes e restos de comida). A quantidade de resíduos ricos em carbono deve ser o dobro do volume de resíduos ricos em nitrogênio. Alimentos como restos de carnes e peixes não devem ser utilizados na compostagem, evitando atrair roedores e gatos.

O material depositado na composteira deve ser mexido cerca de duas vezes por semana. Isto é necessário para oxigenar todas as camadas e para controlar a temperatura. Se a mistura ficar muito seca, basta adicionar um pouco de água. O composto final tem cheiro de terra e cor escura. Ao colocar uma porção desse material nas mãos, elas não devem ficar sujas. O adubo orgânico leva até 90 dias para ficar pronto.

Com um teste simples, é possível verificar se o composto está acurado: basta colocar uma porção dentro de um recipiente com água limpa e mexer. Se o líquido ficar escuro e algumas partículas ficarem suspensas, o adubo está pronto. Mas se a água não ficar escura e o material ficar no fundo do recipiente, ainda será necessário aguardar mais um tempo para o processo ser concluído.