De baixo consumo e grande luminosidade, as lâmpadas fluorescentes são cada vez mais procuradas no Brasil. Este crescimento foi impulsionado principalmente pela a crise de energia elétrica que afetou o País em 2001, exigindo uma economia rígida no consumo médio de energia das famílias brasileiras.
De lá pra cá, o consumo das lâmpadas fluorescentes aumentou vertiginosamente. Hoje, o Brasil consome cerca de 100 milhões de lâmpadas — sendo a maior parte importada da China. Porém, apenas 6% delas são recicladas: o restante acaba poluindo lençóis freáticos, contaminando solos e se acumulando em aterros irregulares.
A contaminação do solo ocorre primeiramente em razão do descarte irregular das lâmpadas fluorescentes. A maioria é descartada como lixo doméstico e, consequentemente, despejada nos aterros das cidades.
Este pode ser um grande problema ambiental, uma vez se a lâmpada quebrar, haverá vazamento de pó de mercúrio, um metal perigoso e que é responsável justamente pela luminosidade fornecida pela lâmpada. O pó de mercúrio se mistura ao chorume do lixo que, por sua vez, se infiltra no solo e se espalha, contaminando rios, poços, lavouras, animais e humanos.
Embora nas lâmpadas não haja uma quantidade nociva de mercúrio (20 mg), todo cuidado é pouco ao manuseá-las. O contato com grandes quantidades (acima de 100mg), porém, pode provocar problemas neurológicos, respiratórios e gastrointestinais, tais como bronquite aguda, catarata, cefaleia, danos cerebrais, danos ao feto, edema pulmonar agudo e gengivite.
Recomenda-se que, se acaso alguma lâmpada quebrar em casa, o melhor a fazer é:
- Deixar o ambiente por 15 minutos;
- Ao retornar, com a ajuda de luvas, recolher os cacos de vidro do chão e envolve-los em jornal;
- Em seguida, utilizar papeis umedecidos para limpar o chão (jamais aspirador de pó);
- Passar o papel quantas vezes for necessário, até limpar todos os resquícios.
- Descartar as luvas junto com os papeis em um saco de lixo, lacrá-lo e novamente embalá-lo em outro saco de lixo, e lacrá-lo novamente.
Reciclagem de lâmpadas fluorescentes: como fazer?
As lâmpadas fluorescentes podem ser recicladas por meio de um sistema a vácuo associado a altas temperaturas, o que permite a separação do mercúrio e dos outros elementos que compõem a lâmpada — como cobre, vidro e alumínio. Dessa forma, é possível reciclar esses materiais separadamente.
Vale destacar que, para que esses itens possam ser devidamente reciclados, cabe à população dar uma correta destinação para as lâmpadas fluorescentes. O ideal é que as lâmpadas sejam armazenadas em caixas de sua embalagem original, sempre com uma proteção contra eventuais impactos e identificação de que são itens usados. Em seguida, o produto deve ser encaminhado para empresas especializadas em reciclagem.