A procura por opções de moradia mais sustentáveis é constante em diversas partes do mundo. A maioria das pessoas já está familiarizada com a ideia de tetos solares, por exemplo, como telhados projetados para transformar a incidência solar em energia para a casa.
Há, ainda, locais que usam energia solar passiva, que acontece com uma construção localizada em New Hampshire, nos Estados Unidos. À beira do lago Ossippee, o chalé oferece uma vivência diferenciada para moradores “multi geração”.
É uma junção de sustentabilidade e melhorias na qualidade de vida de todos que se instalam ali. Para entender melhor, é preciso explicar como funciona a energia solar passiva.
Ao invés de usar materiais como painéis para reter e converter a energia em térmica, os raios ultravioletas não passam por nenhuma transformação. Isso é feito, por exemplo, através de um design arquitetônico desenvolvido com essa finalidade. Paredes, pisos, janelas e até teto: todos são feitos para controlar o calor recebido pela estrela maior.
Assim, é possível armazenar a energia térmica, ou ainda, usar técnicas de sombreamento para reduzir os efeitos da radiação solar. Outros benefícios incluem controle do fluxo de ar e iluminação natural, o que diminui consideravelmente os gastos com eletricidade. Ou seja, é um projeto sustentável não por mudanças ativas, mas por consequências de um design bem pensado.
É exatamente essa a ideia da casa do lago em New Hampshire. A empresa responsável, Scalar Architecture, teve a intenção de aprimorar a estrutura e a vida dos moradores através dessa visão.
A maior dificuldade foi a localização do imóvel: há pouca exposição solar vinda do sul. A solução foi a utilização de dois prismas no telhado, revestidos com metal e isolamento de espuma de spray de alta densidade.
O restante da construção foi pensado de acordo com outros eventos climáticos também. Os ventos de verão são valorizados, enquanto que os ventos invernais que vêm do Noroeste são desviados. Ao mesmo tempo, as janelas permitem luz natural vinda de todos os lados e para completar, há ainda um deck de 700 metros quadrados.
O projeto também precisou considerar o interior da casa, no sentido de design e de decoração, para atender às múltiplas gerações. Como o objetivo é servir para pessoas de diversas idades, inclusive, idosos, foi necessário que o imóvel se adaptasse a essas necessidades.
A terceira geração, por exemplo, fica no piso inferior, enquanto os jovens adultos ficam no piso superior. Todos os locais em comum visam promover a interação social através de uma energia calma e agradável para todos.
Esse tipo de construção é um exemplo a ser seguido. Ecologicamente, valoriza os atributos que a própria natureza nos oferece e não a agride. Também gera economia no uso de eletricidade, o que é ecológico e bom para o bolso dos moradores.
Socialmente, é ainda mais inovador, pois promove a interação entre pessoas de diferentes faixas etárias e históricas. Esperamos que iniciativas como essa sejam reprisadas ao redor do mundo – quem sabe até no Brasil!