O uso de energia sempre esteve presente nas relações e no desenvolvimento da espécie humana. Inicialmente, a humanidade, devido às suas necessidades, valia-se de formas mais simples de energias encontradas na natureza, como a força motriz dos ventos, rios, o uso de lenha, etc.
Após esse período, com a crescente necessidade de obtenção e de uso de formas de energia mais potentes, as energias fósseis como o petróleo e o carvão mineral foram logo incorporadas.
Se por um lado a grande abundância na natureza de energias fósseis e seu preço inicialmente reduzido possibilitou ao homem um salto desenvolvimentista antes nunca visto, por outro lado a crescente demanda por essas formas de energia também fez com que o preço subisse de forma avassaladora e as reservas fossem se esgotando em virtude das necessidades de países industrializados em consumir energia em larga escala.
Como resultado desse grande abuso da utilização de energias fósseis em todo o mundo, há evidências científicas suficientes para concluir que esse modelo energético, além de finito, é também extremamente danoso ao meio ambiente.
Alia-se a isso a seguinte problemática: a enorme necessidade atual dos países considerados em desenvolvimento (enormes potências como Brasil, China, Rússia e Índia) por matrizes energéticas fósseis.
O uso de energias fósseis promove a liberação de gases causadores do efeito estufa. Suas implicações são bastante visíveis como o aumento da temperatura na terra, o aparecimento de fenômenos e catástrofes naturais como tempestades, inundações e secas em locais nunca antes afetados, dentre muitos outros.
Há também de se ressaltar que o aumento na temperatura na terra provoca o derretimento de massas de gelo e calotas polares, proporcionando o aumento do nível do mar. Como resultado diversas ilhas e zonas costeiras correm o risco de serem submersas.
Como solução para o problemático modelo energético atual, baseado em combustíveis fósseis e finitos, especialistas, cientistas e ambientalistas alertam para a necessidade de mudança desse modelo para um modelo sustentável, baseado em energias limpas e renováveis.
Diversas são as formas de energias limpas e renováveis e muitas, aliás, já estão em plena atividade em muitos lugares do mundo. No Brasil, especialmente desde a década de 1970, com a crise mundial de petróleo daquele período, iniciou-se um o desenvolvimento de um modelo energético baseado em energias renováveis, derivados de produtos como biomassa florestal, cana-de-açúcar e outras fontes orgânicas: os biocombustíveis.
Versáteis, os biocombustíveis podem ser utilizados de forma isolada ou mesmo adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos de biocombustíveis temos o etanol, o biodiesel, o metanol, o carvão vegetal e o metano.
Ainda como forma de energias limpas, se destacam a energia eólica, a energia solar, a energia das marés e o biogás. Obviamente que, para a adaptação de qualquer modelo energético baseado em combustíveis fósseis para modelos sustentáveis, há de se considerar o tempo de adaptação e, principalmente, os gastos; uma vez que a maioria dos modelos renováveis ainda são demasiadamente caros e, portanto, impraticáveis em larga escala, como é o caso da energia solar.
Todavia, com os investimentos e o aperfeiçoamento dessas tecnologias e a crescente adesão de muitas empresas e governos a esses modelos, em longo prazo o uso de combustíveis fósseis estará obsoleto, sendo as matrizes energéticas renováveis as fontes de energia do século XXI.