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Lanterna movida a sal: iluminação sustentável

Em busca de ideias para tornar mais sustentável o consumo de energia, empresa japonesa traz a lanterna que funciona com sal

Projetos de iluminação sustentável vem surgindo há tempos ao redor do mundo. A ideia é descobrir maneiras de fazer energia a partir de recursos renováveis e/ou reduzir os gastos com energia de cidadãos comuns. Um desses projetos é a lanterna movida a sal; ou, para ser mais específico, a água salgada!

Esse conceito não surgiu em um único local ou de uma só forma. Os japoneses desenvolveram uma lanterna do tipo em 2012, e um grupo de pesquisa australiano fez o mesmo no ano passado, com o foco principal sendo a água mais do que o sal. De uma forma ou de outra, a novidade é incrível no que diz respeito à sustentabilidade e economia, pois evita o uso de baterias e pode fornecer horas de iluminação a partir de, relativamente, pouca água.

Iluminação sustentável

Vamos por partes: para começar, a inovação japonesa, GH-LED10WBW da Green House. Ela funciona por conta de uma pilha química que possui um eletrodo de magnésio e um de compostos de carbono. Para conseguir até 8 horas de iluminação, é só adicionar cerca de 350ml de água salgada e mais 16 gramas de sal de cozinha. Essa solução salina vai promover o trânsito dos elétrons e fornecer energia para os LEDs da lanterna. A corrente elétrica gerada é de aproximadamente 1,5 volts, o que permite que 10 LEDs brancos sejam acesos. Ah, e ainda tem uma porta USB para usar essa energia para recarregar eletrônicos pequenos, como tablets ou celulares.

As partes negativas do produto da Green House são que o eletrodo de magnésio só gera 120 horas de energia, sendo então descartado (novos componentes de magnésio podem ser adquiridos depois na fabricante ou em lojas especializadas); e que, ainda que seja bem mais sustentável que a maioria das lanternas, ainda são usados alguns componentes tóxicos.

Esses detalhes foram resolvidos pela equipe australiana na criação da Hydra Light, em 2017. A tecnologia usada por eles dispensa materiais tóxicos, aumenta o tempo de uso e reduz os custos de operação. São células de energia ativadas por água; ou seja, você só precisa submerge-las na água por alguns segundos para ter até 100 horas de iluminação! E assim como a lanterna da Green House, essa também vem com a possibilidade de uso para recarga de celulares.

A luz não é das mais poderosas, mas o mais interessante na Hydra Light é o fato de que ela pode ser usada em emergências, assim como a da Green House. Nos dois casos, também, a iluminação sustentável vem do fato de não ser mais necessário o descarte de bateria atrás de bateria. Só nos Estados Unidos, estima-se que mais de 3 bilhões de baterias são jogadas fora todo ano – isso causa danos irreparáveis ao meio ambiente.

Seja por uma (ou duas) lanterna movida a sal ou água, seja por meio de outras iniciativas como essas, é responsabilidade das indústrias e dos consumidores buscar por alternativas mais sustentáveis e que ainda possam manter o nosso estilo de vida.

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