Como todos sabem, a mobilidade urbana em nossas grandes cidades se encontra em uma situação absolutamente alarmante. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, já mundialmente conhecidas como locais de intenso tráfego e transito caótico, agora dividem a atenção negativa com cidades menores, cuja mobilidade urbana se tornou tão ou mais caótica, como é o caso de Campinas e Curitiba, dentre muitas outras.
Excesso de veículos em circulação, péssimas opções de transporte público, falta de planejamento urbano eficiente e falta de incentivo aos modelos alternativos de locomoção são alguns dos fatores que contribuem para esta triste realidade.
Além disso, ressalta-se a grande promoção feita pelos gestores públicos incentivando a compra de veículos pela população, oferecendo corte de impostos e preços tentadores, o que, via de regra, acaba por piorar a situação da mobilidade urbana, uma vez que cada vez mais carros são postos em circulação.
Esse processo vicioso de aumento da frota de veículos em circulação é fator decisivo para o aumento do efeito estufa, uma vez que cada vez mais gases poluentes são emitidos na atmosfera, e, consequentemente, mais prejuízos ao meio ambiente são sentidos e vividos por todos nós.
É contrastante perceber que, na contramão dessa situação, vemos cidades europeias e norte-americanas buscando a aplicação e o desenvolvimento de novas formas de transporte para a população, investindo em formas de planejamento urbano eficientes e modelos de transportes verdes, não poluentes.
Os transportes verdes podem ser entendidos como meios de transportes inteligentes, que não geram emissões de poluentes na atmosfera e que viabilizam a mobilidade urbana de uma forma versátil.
Bicicletas e ciclovias, meios de transporte coletivos de baixa ou nenhuma emissão, calçadas regulares e seguras que promovam a locomoção a pé, dentre muitos outros meios de transporte que não emitam poluentes são considerados como “transportes verdes”.
Cabe aos gestores brasileiros atuais, na posição e na importância dos cargos que ocupam, prover à população melhores maneiras de se locomover dentre dos espaços urbanos de forma sustentável. Além disso, à população, cabe a conscientização dos males provocados pelo simples uso de veículos automotivos no dia a dia. Reivindicar mudanças e escolher gestores cuja plataforma é baseada na sustentabilidade é uma das únicas maneiras de superar esse problema.