Por sua própria natureza, o hospital é uma grande fonte de variedade de resíduos, sejam eles biodegradáveis ou tóxicos. Geralmente, são agrupadas de acordo com o seu tipo, já que muitos deles são infecciosos. Mesmo os que não são infecciosos também podem ser classificados como perigosos. Os principais problemas causados pelo lixo comum hospitalar acontecem quando eles não são separados ou quando a eliminação não é realizada de maneira apropriada.
Muitos países têm normas rígidas a respeito dos resíduos hospitalares, e oferecem caixas com códigos de cores para diversos tipos de itens, bem como as regras exatas para que esses materiais sejam tratados. Por exemplo, objetos cortantes, como lâminas cirúrgicas e agulhas, devem ser colocados em um compartimento separado de outros tipos de resíduos. O lixo que é considerado infeccioso é normalmente colocado em seus próprios recipientes com especificações exatas sobre como lidar com esse material.
Além de papéis comuns gerados pela parte administrativa do estabelecimento, lixos hospitalares incluem remédios que podem estar vencidos ou contaminados com outras substâncias e, portanto, inutilizáveis.
Depois que tudo é separado em diversas categorias, os materiais serão eliminados respeitando o que diz a legislação vigente. Objetos que estão infectados serão incinerados, enquanto outros poderão ser enviados para reciclagem, tais como: papéis, garrafas pet, descartáveis e tantos outros. Inclusive, os hospitais também geram grande quantidade de lixo orgânico, até porque eles servem refeições durante o dia, e a comida nem sempre pode ser reaproveitada para evitar agravamento na saúde dos pacientes que já se encontram debilitados.
Como é feito o descarte desses resíduos?
A Anvisa estabelece regras para normatizar a coleta do lixo hospitalar do descarte até o destino. O ideal é que cada gerador de resíduos crie o seu próprio Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde para que o lixo seja separado e descartado corretamente.
Primeiramente, o lixo hospitalar é descartado em um saco plástico extremamente resistente e não pode ser reaproveitado. Resíduos líquidos são armazenados em recipientes específicos, com tampa rosqueada e vedante e tudo é devidamente identificado. Depois, é feito o transporte dos resíduos por uma empresa especializada e certificada com o selo de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP). O lixo, então, é enviado para incineração ou esterilização em enclaves próprios.
No dia a dia, um problema de saúde pública
Os resíduos sólidos hospitalares geram grandes problemas para a saúde se descartados de forma incorreta. No Brasil cerca de 60% desses resíduos são coletados de maneira inadequada e despejados em locais inapropriados. Todos os anos, cerca de dois milhões de toneladas de lixo hospitalar são produzidos. A maior parte vem dos prontos-socorros, maternidades, salas de medicações, espaços cirúrgicos e consultórios médicos. Vale lembrar que o lixo hospitalar não pode ser reciclado. Além de preservar os recursos naturais, essa medida garante a segurança da população.