Um estudo recente indicou que o uso de energia sustentável para mineração de Bitcoin aumentou 60% em um ano. Além disso, a rede Bitcoin reduziu o consumo energético em 25% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período em 2021.
O relatório foi divulgado pelo Bit Mining Council (BMC), grupo que reúne 44 empresas de mineração de criptomoedas e afirma representar 50% da rede global de Bitcoin, tendo o apoio dos executivos Elon Musk e Michael Saylor.
Conhecido por gerar quantidades de carbono comparáveis às emissões de nações, o mercado de criptomoedas vem adotando novas estratégias em busca da neutralidade de carbono e o desenvolvimento sustentável.
Consumo energético das criptomoedas
Grande parte do impacto ambiental das criptomoedas se deve a energia consumida pelos data centers necessários para o armazenamento e processamento de informações do setor.
Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, a mineração de criptomoedas requer o consumo de cerca de 121,36 terawatt-horas (TWh) por ano, o que equivale a 1 bilhão de quilowatts, o consumo energético anual da Argentina, com 40 milhões de habitantes.
Vale mencionar que, caso fosse um país, a rede de Bitcoin ocuparia a 24ª posição no ranking de consumo de energia mundial.
Futuro promissor
Apesar das preocupações em torno do impacto ambiental das criptomoedas, o estudo da BMC evidenciou que o maior ativo digital do mundo está se tornando cada vez mais ecologicamente correto.
Nesse sentido, a pesquisa afirma que, dos bitcoins minerados no mundo, 58% usam fontes de energia renováveis como hidrelétricas, usinas solares, eólicas, entre outras.
Vale destacar que, quando consideradas as integrantes do grupo BMC, esse número aumenta para 64,6%.
O relatório ainda detalha o uso total estimado de energia por setor, alegando que as operações globais de mineração de Bitcoin usam 247 terawatts-hora (TWh), menos da metade do que as operações de mineração de ouro consomem e 0,16% do uso total de energia do mundo.
Por fim, a BMC afirma que, atualmente, a mineração de Bitcoin é 5.814% mais eficiente do que era há oito anos.
Esse grande aumento é incentivado pelas mineradoras de bitcoin, que têm buscado aumentar sua eficiência energética, uma vez que energia é o seu principal custo. Além disso, o setor de criptomoedas é altamente rentável, movimentando grandes valores, o que permite investimentos em inovação na busca por desenvolvimento sustentável. Ao que tudo indica, o futuro é promissor.
Fontes: Cointelegraph | Asia First News | Isto É Dinheiro