Aurora Robson poderia ser uma artista comum, mas ela preferiu dedicar o seu talento para o reaproveitamento de materiais que teriam como destino o lixo. Ela é capaz de transformar resíduos plásticos em belíssimas peças de arte – que encantam e educam.
O plástico é o material preferido da artista. Embora a decisão inicial de usar o plástico fosse por suas qualidades estruturais, à medida que aprendeu mais sobre o impacto que este material pode causar ao meio ambiente – quando mal gerenciado – Aurora decidiu fazer dele a matéria-prima principal de seu trabalho, enfatizando sua paixão por aumentar a conscientização sobre questões ambientais relacionadas ao lixo. “Eu realmente gosto do desafio de pegar objetos que são considerados inúteis ou sem potencial e transformá-los em tais de uma maneira que eles cumpram parte de seu potencial”, afirma a artista.
Arte com mensagem
As esculturas de Aurora Robson certamente conseguem transmitir uma mensagem. Ela usa desde embalagens de detergente a grandes barris de industriais – todos cuidadosamente limpos e transformados em matérias-primas – para criar esculturas gigantes como Kuleana, uma obra, toda branca, que parece surgir da Terra, e Ding Dang, uma hipnotizante instalação que desperta os olhares mais curiosos, além de esculturas menores e divertidas, que conseguem ser alegres, apesar da pesada mensagem que seus materiais transmitem.
Ao longo da carreira, Aurora foi se especializando em fazer do plástico o seu principal material e sua fonte de inspiração. E o seu envolvimento com o material se tornou tão profundo que em 2009, ela formou o Project Vortex, um coletivo de artistas, designers e arquitetos que trabalham com resíduos plásticos como forma de combater a poluição plástica.
Para ela, transformar o plástico em arte é uma forma de encontrar paz e de se sentir útil ao planeta, uma vez que ajuda a reduzir a quantidade de plásticos dos aterros. “A maioria das pessoas vive na tirania do momento”, diz ela. “Eles não têm tempo nem dinheiro para ter um estilo de vida com desperdício zero. Amo a ideia de ajudar a facilitar isso da minha maneira, na minha própria prática, o máximo que posso”.
Fotos: Divulgação/Aurora Robson