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Conheça as principais consequências de poluição ambiental provocadas pelo petróleo

istock.com / predrag1 Estima-se que anualmente são derramados nos oceanos mais de 4 milhões de toneladas de petróleo.

Uma das maiores riquezas da atualidade é viscosa, espessa e da cor preta, sendo adquirida de grandes profundidades a partir de técnicas caríssimas e de alta tecnologia. O ouro negro, como também é conhecido o petróleo, é matéria-prima para a fabricação de combustíveis e uma infinidade de outros produtos que se tornaram vitais para a vida moderna. Por outro lado, o petróleo se destaca como um dos maiores poluentes de mares, além de ser alvo de muitas disputas territoriais e guerras internacionais.

Origem do petróleo

Formado por compostos orgânicos complexos, o petróleo é originado a partir da decomposição de restos de seres vivos vegetais e animais. A formação desta substância é lenta e demora milhares de anos: restos de seres marinhos vegetais e animais vão se acumulando no fundo do mar e, com a ausência de oxigênio, esses materiais não conseguem se decompor adequadamente.

Como resultado, essa matéria orgânica começa a ser jogada para o interior dos poros e rachaduras de rochas e outros sedimentos. A mistura de fatores como temperaturas elevadíssimas, ausência de oxigênio e milhares de anos de maturação transforma esses elementos acumulados em petróleo. Por ser encontrado no interior dessas rochas, o petróleo ganhou esse nome, que significa “óleo de pedra”.

A maior parte do petróleo é encontrada abaixo do fundo do mar, em depressões rochosas e bacias sedimentadas. Por estarem numa profundidade de mais de cinco mil metros, sua descoberta e extração requer altíssima tecnologia. Uma vez que o petróleo não pode ser utilizado sem passar por processos químicos e físicos, ele é direcionado para refinarias para que sejam feitos os procedimentos que o tornarão útil como a gasolina, querosene, matéria prima para borracha e plásticos dentre outros.

Petróleo e poluição

Os inúmeros benefícios decorrentes do petróleo são proporcionais a seus impactos ambientais. Mesmo sendo extraída de seu interior, a substância é considerada a maior poluente dos mares, e estima-se que anualmente sejam derramados mais de quatro milhões de toneladas de petróleo nos oceanos.

Essa poluição é causada pela exploração de poços de petróleo no mar, que geram vazamentos contínuos — seja pela ação de refinarias petroquímicas, pela limpeza de tanques petroleiros, pelo escoamento dos barcos de pesca e navios, ou pela movimentação das águas da chuva.

Alguns acidentes ambientais de grandes dimensões causaram uma destruição incalculável e permanente. A maior delas foi proposital, causada durante a Guerra do Golfo, em 1991, quando o exército iraquiano invadiu o país e abriu as válvulas de poços de petróleo para que fossem desperdiçados e diminuísse a oferta do produto pelo país. Na ocasião, foram derramados 240 milhões de galões de petróleo bruto.

Outro acidente que merece destaque aconteceu no Golfo do México em 2010, quando houve a explosão de uma plataforma de exploração petrolífera. Onze pessoas morreram e foram vazados mais de 206 milhões de galões de petróleo. Na mesma região, mas em 1979, outra explosão acidental de uma plataforma de extração derramou mais de um milhão de galões de petróleo nas águas.

O maior acidente brasileiro ocorreu no Rio Iguaçu, em 2000. A refinaria de Araucária sofreu um grande vazamento que derramou um milhão de galões de óleo. No ano seguinte foi a vez da Baía de Guanabara sofrer com o vazamento de 340 mil galões de óleo combustível da refinaria de Caxias.

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