Formado por elementos químicos radioativos que não possuem mais propósito prático e para o qual não se recomenda a reutilização, o lixo radioativo é produzido por usinas nucleares, laboratórios médicos, centros de pesquisas, indústrias e pela agricultura. Trata-se de uma substância altamente tóxica e que deve ser descartada corretamente para não causar impactos ambientais.

iStockphoto.com / overcrew Até hoje, não há uma maneira definitiva de como armazenar material radioativo sem oferecer riscos às populações e ao entorno.

Como descartar lixo radioativo

Por emitir grande carga de radiação, o armazenamento do resíduo radioativo deve ser muito cauteloso. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), exige que o lixo nuclear seja embalado e armazenado de forma isolada até que ele não ofereça mais riscos ao meio ambiente e à saúde humana. Porém, ainda não existe um método que seja 100% eficiente e seguro para lidar com os rejeitos radioativos.

O que é feito atualmente é a classificação dos resíduos em três tipos: alta, média e baixa radioatividade. A partir daí, cada tipo é armazenado de uma forma. Os lixos de nível baixo — tais como ferramentas, luvas, roupas de proteção e materiais médicos — e médio — peças de reatores e rejeitos químicos de processos de mineração e enriquecimento de urânio — são guardados em depósitos provisórios ou permanentes, como tambores e tonéis lacrados ou tanques de aço inoxidável, revestidos de concreto. Nesses locais, o lixo nuclear deve ficar isolado por períodos que variam de 50 a 300 anos.

Por sua vez, resíduos de alta radioatividade, como restos de combustível nuclear e rejeitos oriundos da extração de plutônio, devem ser colocados em piscinas de resfriamento junto aos próprios reatores das usinas. Em seguida, toda a estrutura é cercada por várias barreiras de aço, chumbo e concreto. Nesse caso, o lixo deve ficar isolado por tempo indeterminado.

Problemas ambientais causados pelo lixo radioativo

O lixo radioativo está associado a impactos ambientais, como a contaminação das águas e da atmosfera, causando danos à vegetação e aos animais, o que resulta na degradação gradual da biodiversidade.

Pessoas atingidas pela radioatividade podem contrair infecções, convulsões, câncer e vários outros malefícios que podem levar, inclusive, à morte.