O plástico verde é um termo usado para definir o polietileno produzido a partir do álcool etílico, extraído da cana-de-açúcar. O material foi desenvolvido pela empresa química e petroquímica brasileira Braskem, com o intuito de obter um plástico de matéria-prima renovável e reduzir os impactos causados pela produção e comercialização do plástico comum, que é obtido por meio do petróleo.
O plástico comum é feito a partir de um derivado do petróleo, chamado nafta. Isso significa que ele é produzido a partir de um recurso não-renovável. O plástico verde, por sua vez, é de origem vegetal e sua produção utiliza dióxido de carbono, ou gás carbônico. Isso é bom para o meio ambiente, uma vez que este gás é prejudicial à natureza — é justamente o gás eliminado por veículos e indústrias, sendo responsável pelo efeito estufa.
Pontos negativos do plástico verde
Embora não sejam necessárias mudanças tecnológicas para o processamento do plástico verde (que é feito da mesma forma que o plástico comum) e ele contribua significativamente para a redução do consumo de petróleo, o processo tem como consequência o aumento da produção de cana-de-açúcar — que pode representar um aumento da área de plantio, do consumo de água e do uso de fertilizantes.
Além disso, como o plástico verde é feito por apenas uma empresa em todo o mundo, sua produção não reduz de forma substancial a demanda pela matéria-prima não-renovável.
Sobre o plástico verde
O plástico verde foi registrado com o nome de I’m Green, e é produzido no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. A Braskem produz cerca de 200 mil toneladas do produto todos os anos. Desde 2010, a empresa vem fabricando o produto em escala industrial e ganhou a liderança mundial na produção de biopolímeros.
Com o plástico I’m Green são produzidas tampas, embalagens para alimentos e cosméticos, óleos lubrificantes, agroquímicos, produtos de higiene e limpeza, sacolas, brinquedos, utilidades domésticas, cabos e fios industriais, filme para empacotamento, entre outros produtos.