Gás carbônico emitido por meio da utilização de combustíveis fósseis, está presente em cidades metropolitanas e é o principal causador de danos ambientais.
Conhecido como o mais abundante dos gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE), a emissão desse gás pode aumentar as consequências do aquecimento global, além de uma mudança invisível no planeta. Isso porque, a quantidade liberada de dióxido de carbono aumentou 35% desde a era industrial, justamente por conta da alta demanda de atividades humanas na queima de combustíveis fósseis e desflorestação.
Mas, apesar de ser um grande influenciador do aquecimento global e do efeito estufa, é considerado uma matéria-prima importante para a fabricação do cimento, um material tão utilizado na modernidade que só fica atrás da água como recurso mais consumido no mundo.
Aliás, no Reino Unido, o gás carbônico teve papel essencial na fabricação do cimento que desencadeou o desenvolvimento do país após a Segunda Guerra Mundial. Tendo em vista que para onde olhamos, enxergamos estruturas feitas de concreto, podemos considerar que a presença do gás CO2 é mais abundante do que imaginávamos.
O posicionamento das indústrias
Para termos uma dimensão do que a emissão de CO2, representa, é importante pensar no seguinte cenário: se a indústria do cimento fosse um país, estaria atrás apenas de China e Estados Unidos como principal responsável pela liberação de gás carbônico no ar.
Além disso, em comparação à emissão de outros poluentes responsáveis pelo aquecimento global, o gás supera a liberação do combustível de aviões e se aproxima da alta taxa gerada pelo agronegócio global.
Progresso sustentável
A fim de combater o aquecimento global, o setor industrial tem lutado para atingir as expectativas de diversos acordos mundiais que visam diminuir a emissão de poluentes, como o de Paris. Para cumpri-los, a Associação Global de Cimento e Concreto, que representa 35% da capacidade de produção mundial do material, se integrou à cúpula ambiental COP24 para pensar em estratégias de sustentabilidade que reforçam o compromisso da indústria com o meio ambiente.
Até agora, o setor fez progressos com a redução de 18% nas emissões médias de gás carbônico por tonelada de produto. Porém, para cumprir com os compromissos firmados no acordo de Paris em 2015, será necessário revisar a fabricação do cimento ao todo e não apenas reduzir o uso de gases como o CO2.