Os desertos verdes são as grandes áreas cobertas por um tipo de vegetação que foi introduzido de maneira artificial pelo ser humano, seja por meio de reflorestamento com espécies consideradas não nativas ou mesmo por meio de plantações em larga escala.
De acordo com ambientalistas, os exemplos mais característicos de desertos verdes são as enormes florestas plantadas por indústrias de celulose e papel, com pínus e eucaliptos, assim como as extensas lavouras de soja e de cana.
Embora facilmente identificáveis, a realidade é que não há uma extensão padrão, seja ela mínima ou máxima, para determinar a existência de um deserto verde.
Mesmo assim, de acordo com especialistas, cientistas e ambientalistas, é consenso a ideia de que a existência dessas monoculturas provoca a deterioração do solo.
Além disso, é também consenso entre eles que esses ecossistemas não seriam plenamente capazes de sustentar outras formas de vida, como, por exemplo, uma comunidade de animais.
De uma maneira geral, quando há um deserto verde, ou seja, um ecossistema formado por uma única espécie, ele é de fato mais pobre do que um ecossistema natural, muito embora ele ainda possa trazer alguns benefícios ao meio ambiente.
Ou seja, nas grandes plantações, como as de soja ou de cana, é bastante comum que sejam utilizadas técnicas consideradas intensivas de manejo, como a utilização de produtos agroquímicos capazes de impedir a colonização por outros animais e plantas e capazes de esterilizar o solo.
Mas, mesmo assim, esses desertos podem ainda funcionar como “corredores” entre florestas, uma vez que passam a permitir o intercâmbio de espécies que habitam as florestas.
Vale ressaltar também que alguns desertos verdes, como os de eucaliptos e pínus, criados em sua maioria pela indústria de celulose e de papel, possuem um extenso ciclo de vida, pois, após o plantio, levam de 7 a 20 anos de vida até o período de corte, tempo esse mais que suficiente para a colonização por diferentes animais e até mesmo a regeneração de espécies nativas.