Você já ouviu falar no fenômeno da floração das águas e da eutrofização? Esses dois problemas são causados pelo descontrole da população de plantas aquáticas, e podem trazer consequências para todo o ecossistema aquático de uma determinada região.
A floração das águas é um fenômeno que ocorre por conta do uso de fertilizantes que contêm fósforo e azoto em sua composição. Em contato com rios e outros cursos de água, esses nutrientes fazem a população de plantas aquáticas crescer mais do que o normal — o que reduz a passagem de luz solar e a disponibilidade de oxigênio, prejudicando o equilíbrio do ecossistema como um todo.
A eutrofização é uma consequência do excesso de compostos químicos, que gera a proliferação excessiva de algas. Quando estas algas entram em decomposição, há um aumento do número de microrganismos, prejudicando a qualidade da água e afetando a vida de todas as espécies que vivem naquele ambiente.
Como resultado desses dois processos há a produção excessiva de substâncias tóxicas por parte de algumas espécies de algas. Algumas cianofíceas, por exemplo, podem produzir substâncias que prejudicam organismos aquáticos, peixes, mamíferos, aves e até seres humanos (que sofrem com danos hepáticos, neurológicos, respiratórios e gastrointestinais).
Algumas técnicas têm sido desenvolvidas para acabar com a eutrofização, como tratamentos químicos e o controle por meio da introdução de espécies de peixes e microrganismos capazes de combater o problema. A maior preocupação, porém, deve estar na raiz do problema, preservando a qualidade de rios, lagos e mares e evitando que resíduos químicos acabem indo parar nestes ambientes.