A ideia do consumo colaborativo não é nova e já faz parte da vida de muitas pessoas: é o caso de vizinhos que pedem uma xícara de açúcar para terminar a receita do bolo e levam um pedaço quando a guloseima estiver pronta, ou de crianças que dividem o lanche com os colegas na hora do recreio, ou até mesmo da comunidade que se une para consertar o muro do vizinho.
O ato de doar ou compartilhar o que se tem significa colaborar com o outro, com ou sem interesse de receber algo em troca. No final do ano 2008, em meio à crise financeira que quebrou muitas pessoas físicas e jurídicas, os Estados Unidos iniciaram uma proposta de consumo compartilhado para os negócios. A ideia rapidamente se espalhou e se tornou um sucesso, em que muitas pessoas passaram a separar itens em desuso que apresentavam bom estado para direcionar ao comércio de brechós, antiquários e feiras de trocas.
Cada vez é maior o número de sites surgindo para aproximar pessoas com interesses complementares, fazendo a economia girar. Como a prática é sustentável e ajuda a gastar menos matéria-prima e energia, gerando menos lixo, não há dano a natureza e o consumidor economiza ao adquirir um produto seminovo.
Empresas que praticam consumo colaborativo
O consumo colaborativo vem renovando a visão do empreendedor e trazendo novos rumos para o mundo dos negócios. É o caso, por exemplo, da BoBags — uma grife que aluga bolsas de marcas finas, como Louis Vuitton, e já tem mais de 300 clientes. Tudo é feito pela internet, e os negócios estão cada vez mais bem-sucedidos.
O site Buscalá é outro exemplo de incentivo ao consumo colaborativo: com apenas nove funcionários, a empresa possui 12 mil cadastros de anunciantes e compradores, além de uma procura de mais de cem mil visualizações por mês. A página foi criada para comportar oportunidades de produtos e serviços para troca ou aluguel.
O site Enjoei é um dos maiores sucessos em vendas online de produtos seminovos e de marcas famosas. Com ofertas de roupas, bolsas, sapatos, acessórios, celulares e diversos outros itens, o design é objetivo e com indicações que permitem ao interessado chegar diretamente ao que mais lhe agrada. A página faz uma intermediação entre o vendedor e o comprador, com todas as orientações para que a venda seja realizada de forma rápida e correta.
Uma ótima oportunidade de apresentar para as crianças o que é o consumo colaborativo é por meio da Joaninha, um site que aluga brinquedos educativos para crianças a partir de seis meses de idade. Como a maior parte dos brinquedos tem um tempo curto de vida nas mãos de uma criança, seu aluguel evita o acúmulo desnecessário e ainda ajuda a ensinar a entender e dar outro sentido a posse.