© Depositphotos.com / Olivier26 Uma produção sustentável será necessariamente menos intensiva em emissões de gases do efeito estufa e em energia e demais recursos.

Você já ouviu falar em produção sustentável? O termo é utilizado para se referir ao uso de alternativas que minimizam os impactos ambientais e sociais ao longo de um ciclo de produção de bens ou serviços. Resumidamente, podemos dizer que a produção sustentável tenta fazer mais com menos, melhorando a qualidade de vida, reduzindo a degradação ambiental, o desperdício e a poluição.

O conceito de produção e consumo sustentáveis começou a surgir nos anos 70, mas só ganhou força na década de 1990. O termo costuma estar associado à ideia de “ciclo”, pois costuma-se dizer que um produto tem uma vida útil que vai “do berço ao berço”. Por isso, o consumidor possui um papel tão importante: ele é um dos agentes que podem fazer do consumo responsável uma realidade, aumentando a vida útil dos produtos e reaproveitando-os para a reciclagem.

Outro papel importante é o das parcerias entre governo, setor produtivo e sociedade civil. Este pode ser um caminho para que evitemos extrair mais recursos naturais do que a natureza é capaz de repor, ou descartar mais resíduos do que ela pode assimilar.

Lançado em 2011, o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) é o documento que guia as ações do governo, do setor produtivo e da sociedade e direciona o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. O PPCS foca em seis temas prioritários: a educação para o consumo sustentável, as compras públicas sustentáveis, a agenda ambiental na Administração Pública, o aumento da reciclagem de resíduos sólidos, o varejo sustentável e as construções sustentáveis.

Mesmo assim, a adoção de práticas de produção e consumo sustentáveis tem ocorrido lentamente. Há incentivos econômicos para promover a utilização de alternativas de menor impacto ambiental (substituição do transporte individual pelo coletivo, por exemplo) e aumento no número de ações educativas de conscientização, mas ainda há um longo caminho pela frente. Pouco a pouco, porém, a sociedade começa a aceitar que o desenvolvimento econômico não precisa ter como consequência a degradação do meio ambiente.