Você sabe qual é o destino do lixo que a sua casa produz? Esta é uma entre tantas questões de extrema importância para o convívio harmonioso do ser humano com o meio ambiente. E sem notar, cada pessoa chega a contribuir com a produção de 2 kg de lixo por dia.
Depositphotos.com / sergioz O Brasil produz em média 60 milhões de toneladas de lixo por ano.Já o Brasil produz uma média anual de 60 milhões de toneladas e apenas 58% destes resíduos, são destinados para a reciclagem e aterros sanitários, o que ainda é muito pouco. Mas nem todo o lixo produzido é coletado pelos municípios, aproximadamente 6,5 milhões de toneladas acabam nos rios ou em lixões, poluindo os afluentes – rios de curso menor que deságuam em rios principais – e o solo.
Grande parte do lixo que produzimos poderia ser destinada à reciclagem, como o plástico, vidro, papel, aço, alumínio, entre outros materiais, que podem retornar para o mercado como novos produtos, combustíveis verdes e até como artesanato e decoração para a sua casa. Mas para que isso aconteça, deve existir maior colaboração da população, do setor privado e do Estado.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
O nosso país é dividido em 5.565 municípios, mas apenas 57,5% deste total possuem coleta seletiva. A solução que o Governo Federal achou para este grande problema foi a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo ex-presidente Lula em 2010.
O objetivo principal da PNRS é diminuir a destinação incorreta dos resíduos sólidos, líquidos e orgânicos, enviando-os para centrais de reciclagem e aterros sanitários. Para alcançar esta meta todos deverão ajudar, desde o consumidor final, ou seja, você, através da separação do lixo; passando pelas indústrias fabricantes e o comércio, que ficarão com a responsabilidade da logística reversa; até o governo, que precisará aumentar a coleta seletiva nos municípios e construir aterros sanitários sustentáveis.
Logística reversa e o Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) terá a função de fiscalizar o cumprimento da lei, principalmente por parte dos fabricantes, distribuidores e comerciantes que trabalham com agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e embalagens recicláveis (pet, papel e etc.), que terão que aderir a logística reversa.
Na logística reversa, eles terão de recolher todos os produtos citados, após o consumo, e destiná-los para a reciclagem ou para indústrias, que usarão os materiais para substituir a matéria prima utilizada na fabricação de novos produtos que vão retornar para o consumidor final.
Para as indústrias, comerciantes e distribuidores se adequarem à PNRS, o Ministério publica uma série de editais de chamamento para que o setor apresente propostas de implantação de sistemas de logística reversa dos seus produtos. O último foi direcionado para o setor de embalagens, com o objetivo de reduzir em até 45% o volume deste material. Um dos pedidos deste edital é para que as empresas informem quais parcerias estão sendo estabelecidas para o devido funcionamento da logística reversa, uma maneira de evitar transporte internacional de resíduos, proibido pelo governo brasileiro.
Se no seu bairro tiver coleta seletiva, contribua com o meio ambiente, separe o lixo da forma correta para que os resíduos sejam destinados para a reciclagem.