Baseada na utilização da energia elétrica e a vapor, a agricultura moderna surgiu na primeira fase da Revolução Industrial — em meados dos séculos XVIII e XIX —, com o objetivo de regularizar a produção agrícola e aumentar seus índices de desempenho em colheita de safras. A introdução de equipamentos como tratores, colheitadeiras, semeadeiras e insumos de controle de pestes são apenas alguns exemplos que caracterizam este tipo de agricultura.
Em decorrência do que podemos chamar de mecanização do campo, observou-se um considerável crescimento populacional nos centros urbanos, além da vertiginosa queda no processo de produção e extração da matéria-prima. Segundo alguns historiadores, estes dois fatores determinaram a transformação da circulação de capital no mundo e foram essenciais para a extinção do sistema escravocrata.
O desenvolvimento científico e o cultivo de novas culturas nas plantações caminharam na direção oposta à agricultura de subsistência. A partir do século XIX, as condições naturais (como épocas da chuva) passaram a desempenhar um papel menos ativo no processo de produção agrícola. É também neste período que a agricultura especializada se desenvolve: por meio da aplicação de práticas sofisticadas — como manejo de fertilizantes, sistemas de irrigação, tratamento do solo e seleção das sementes —, este sistema tem por função o crescimento máximo da produção ao menor custo.
Entre os principais ganhos desta prática, observa-se o aumento considerável da produção de alimentos a baixo custo, além da redução na emissão de gases na atmosfera.