O descarte apropriado de resíduos é um assunto que tem causado bastante preocupação, especialmente se levarmos em conta os hábitos de consumo da sociedade atual — que está sempre adquirindo itens novos sem se preocupar com o desperdício e com a exploração dos recursos naturais. Nesse cenário, a separação do lixo de acordo com suas características e o encaminhamento para a coleta seletiva são ações fundamentais para a preservação do meio ambiente.
Existem alguns tipos de lixo, porém, que não podem ser descartados junto com o lixo comum ou com os materiais recicláveis, e precisam receber tratamento diferenciado para que não acabem contaminando o solo e os lençóis freáticos. Esses itens são chamados de lixo especial, uma categoria representada por produtos como pilhas, baterias, embalagens de aerossol e restos de demolição ou de obras da construção civil.
Lixo especial: como descartar corretamente?
De acordo com a lei de número 12.305, de 2 de agosto de 2010, cabe ao fabricante a responsabilidade pelos objetos e materiais que não podem ser descartados junto com o lixo orgânico. No entanto, a maioria dos brasileiros ainda não tem o hábito de devolver os produtos usados para os seus estabelecimentos de origem.
Estima-se que 800 milhões de pilhas sejam produzidas no Brasil a cada ano, enquanto apenas 10% de todo o lixo especial fabricado realmente volta para os postos de recolhimento. Esses números mostram a importância de dar mais atenção ao descarte desse tipo de material: além do cuidado na hora de embalar esses itens, é necessário atenção nos demais estágios do tratamento e transporte.
Em vários municípios do Brasil, há pontos de coleta específicos para os lixos especiais em diversas lojas e redes de supermercados. Desse modo, é imprescindível que a população se conscientize a respeito da importância de encaminhar os resíduos para o tratamento apropriado, evitando a contaminação do solo e da água.
Quais são os riscos de não descartar o lixo especial corretamente
Metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio estão presentes em lixos especiais como lâmpadas fluorescentes e pilhas. Quando descartados de maneira incorreta, acabam afetando a natureza de maneira negativa e podem até causar prejuízos aos seres humanos. Isso porque, em longo prazo, as substâncias se acumulam no organismo e podem provocar doenças do sistema nervoso e alterações genéticas.