set 12

Sobras da construção civil e pneus velhos viram pavimentos de estradas

Você, que acompanha as publicações no blog da Fragmaq, já sabe que os pneus contaminam o meio ambiente. Sabe também que os resíduos de construção civil, quando descartados erroneamente, podem facilitar enchentes entre outros impactos negativos. Da mesma forma, já leu por aqui que a fabricação de pavimentação envolve materiais e processos poluentes. 

A novidade deste artigo é que pesquisadores australianos desenvolveram uma tecnologia que pretende ajudar a solucionar esses três problemas ao mesmo tempo. Eles criaram um material que combina entulho e borracha reciclados para pavimentar estradas, em uma mistura otimizada para atender aos padrões de segurança da engenharia rodoviária.

Essa mistura não é apenas sustentável. Em diversos testes, mostrou-se mais flexível do que o pavimento padrão, o que reduz o risco de rachaduras e pode ser usado como uma alternativa sustentável para a construção de estradas, em uma solução sem desperdício, utilizando a reciclagem e apoiando a economia circular.

Projetado para ser usado em camadas de base, o produto é mais durável – o que é fundamental para suportar as pressões de veículos pesados e, ao mesmo tempo, flexível o suficiente para permitir a quantidade certa de movimento para que não rache facilmente.

Construção, reforma e demolição representam cerca de metade dos resíduos produzidos anualmente em todo o mundo, enquanto cerca de 1 bilhão de pneus de sucata são gerados globalmente a cada ano. Estimativas apontam que 450 mil toneladas de pneus são descartadas todos os anos no Brasil. Por aqui, são produzidas mais de 122 mil toneladas de resíduos da construção civil diariamente e ¼ disso tudo é reciclado. Considerando este cenário, a novidade dos pesquisadores australianos se apresenta como mais uma possibilidade de um destino adequado a esses resíduos. 

As soluções para nossos problemas de resíduos virão não apenas da redução do quanto vai para o aterro sanitário e do aumento do quanto reciclamos. O desenvolvimento de novos e inovadores usos para nossos materiais reciclados é absolutamente vital.

Fonte: Correio Braziliense

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