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As verdades sobre a emissão de gás metano

Flickr.com / Distraction Limited O metano é um biogás proveniente da matéria orgânica.

O CH4 ou gás metano é o mais simples dos hidrocarbonetos existentes. Suas características incluem a ausência de cor (incolor) e também a ausência de cheiro (indolor).

Além disso, o gás metano é também caracterizado por sua baixa solubilidade em água, e por se tornar altamente explosivo quando adicionado ao ar.

Hoje, o gás metano está muito presente na mídia em função de duas de suas principais características, uma positiva (por ser uma espécie de biogás, visto que pode ser produzida por meio de matéria orgânica), e uma negativa (por ser um eficiente colaborador do aquecimento global ao cooperar com a formação do efeito estufa).

Além disso, vale ressaltar que o gás metano pode ser muito perigoso à saúde humana caso seja inalado, podendo causar parada cardíaca, asfixia, inconsciência e até graves danos no sistema nervoso central.

Na realidade, a fama do gás metano está muito associada à produção de pecuária, uma vez que ele também é produzido e liberado por meio da digestão de animais herbívoros, todavia a produção do gás metano pode ser realizada de muitas maneiras, como, por exemplo:

  • Da decomposição de lixos orgânicos;
  • Da digestão de animais herbívoros, onívoros e carnívoros;
  •  Do metabolismo de algumas bactérias;
  • Por meio de fontes naturais;
  •  Por meio de vulcões de lama e emanação de falhas geológicas;
  •  Por meio da extração de combustíveis minerais, em especial o petróleo;
  • Do aquecimento de biomassa do tipo anaeróbica.

Atualmente, de toda a emissão de gás metano mundial, 60% é produto direto da ação humana, sendo a agricultura a sua principal fonte de emissão. O aumento da emissão desse gás aumentou tanto nos últimos 200 anos que sua concentração na atmosfera aumentou de maneira significativa, passando de 0,8 partículas por milhão para um total de 1,7ppm.

No contexto do efeito estufa, vale ressaltar que o gás metano chega a ser 25 vezes mais potente que o CO2. Teorias apontam que em eras antigas da Terra, como há 55 milhões de anos, o gás metano foi um dos responsáveis por fenômenos de aquecimento global, uma vez que uma quantidade desconhecida, porém enorme, desse gás está preso nos sedimentos marinhos, no fundo dos oceanos.

Há também uma recente comprovação de que há 2.000 anos, no auge do Império Romano, o grande desmatamento de florestas voltado à agricultura e o uso de carvão como combustível provocou um importante aumento desse gás na atmosfera, que permaneceu em um índice alto por mais de dois séculos. Todavia, o grande aumento de emissão de gás metano se deu depois da revolução industrial, com um surpreendente aumento de 90% de emissões nos últimos 2.000 anos.

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