dez 14

Já ouviu falar sobre a ilha de lixo no oceano?

Reprodução / National Geografic Os resíduos no oceano podem afundar alguns centímetros ou até mesmo vários metros abaixo da superfície, tornando a área quase impossível de medir.

O Pacífico é o maior oceano do planeta, com 180 milhões de km² de área total. Seus arquipélagos são lindíssimos, com ilhas de areias brancas e águas límpidas que compõem verdadeiros paraísos. Em meio a tanta beleza, porém, outro tipo de formação também chama atenção em suas águas: a ilha de lixo.

Também conhecida como “Grande Mancha de Lixo do Pacífico”, a ilha de lixo é um lixão flutuante com aproximadamente 700 mil km² de extensão (o dobro do tamanho do estado de São Paulo), além de 10 metros de profundidade. Estima-se que esta porção de lixo contenha 4 milhões de toneladas de plástico e que 80% do lixo que forma a ilha seja originário dos continentes — enquanto os 20% restantes foram descartados pelos navios.

Situada próxima do território dos Estados Unidos, entre as costas da Califórnia e o Havaí, a ilha de lixo é formada predominantemente por objetos plásticos dos mais variados tipos, tais como: garrafas, embalagens, redes de pesca, sacolas e fragmentos de materiais. Com a força da corrente marítima, todo esse lixo foi levado a determinado ponto do oceano, formando o lixão.

Reprodução / National Geografic O excesso de lixo afeta a vida dos animais marinhos.

Existem outras ilhas de lixo nos oceanos, mas a do Pacífico Norte é a maior de todas. Ela foi descoberta em 1997 e, desde então, tem sido estudada para avaliar como a vida marinha é afetada. As descobertas são bastante preocupantes: alguns resíduos ficam presos aos corpos dos animais, prejudicando seu desenvolvimento. Em outros casos, fragmentos de plástico são ingeridos por peixes e aves, levando-os à morte.

Além disso, quando o lixo se dispersa e retorna à costa, polui praias e prejudica as espécies terrestres. Essas ilhas de lixo também servem de habitat para insetos oceânicos, que encontram uma enorme área para depositar seus ovos. Com isso, a população desses insetos — que se alimentam de zooplâncton e ovas de peixes — tem aumentado significativamente, causando desequilíbrio ecológico.

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