Flickr.com / Gerard Girbes O incentivo ao uso de transportes alternativos é uma característica comum às ecocidades.

Imagine viver uma cidade planejada, com qualidade de vida, com grande oferta de espaços verdes para a população, com eficientes sistemas de coleta e de reciclagem de resíduos, com baixíssimos ou mesmo inexistentes índices de poluição, com grande eficiência de transporte público, com igualdade social e grande oferta de serviços públicos de qualidade para toda a população.

Imagine viver livre do trânsito caótico, da poluição visual, da poluição sonora, em um local que agregue tudo isso e, ao mesmo tempo, estimule o crescimento econômico, que priorize a utilização de somente fontes renováveis de energia, e que tenha como premissa a incorporação do meio ambiente dentro da cidade, tornado esta uma área ambientalmente correta e urbanisticamente satisfatória.

Pois é, por mais utópico que possa parecer, o conceito acima se refere ao conceito de “ecocidades” e o mais incrível é que hoje já existem muitos lugares no mundo que estão tornando esse conceito uma realidade.

Embora não haja regras definidas para determinar o que é uma ecocidade, já há um conjunto de critérios e práticas a serem adotados por cidades que queiram se tornar cidades sustentáveis ou ecocidades.Tais critérios abrangem aspectos econômicas, sociais e ambientais que devem ser adotados, conforme os exemplos expostos acima.

Se tomarmos algumas cidades europeias como referência, podemos perceber que muitas dessas práticas já são adotadas com grande eficiência, como é o caso de Barcelona, na Espanha, que prioriza e muito a mobilidade urbana e o uso de energia solar; ou Copenhague, na Dinamarca, que oferece aos seus moradores uma excepcional infraestrutura para a utilização de bicicletas como principal modelo de transporte, além da construção de inúmeros parques dentro dos espaços urbanos.

Reykjavik, na Islândia, cujo abastecimento energético é feito 100% por energia renovável; Vancouver, no Canadá, que, com mais de 200 parque urbanos, é considerada como a cidade da América do Norte com a menor pegada de CO2.

Obviamente que no Brasil são inexistentes os casos de cidades que possuem todos os critérios acima, todavia, já há casos de cidades que estão, aos poucos, adotando algumas dessas práticas, como é o caso de João Pessoa – PB, onde o destaque é a proteção de áreas ambientais; Curitiba – PR, que contém um eficiente planejamento urbano; Londrina – PR, com seu ótimo programa de coleta seletiva de lixo, dentre outras.