Os impactos ambientais caracterizam-se pelas transformações no meio ambiente, realizadas pelo homem em suas atividades e trabalho. Intimamente relacionados ao crescimento das áreas urbanas, estes impactos geram consequências negativas para a qualidade de vida humana e ambiental. Confira, a seguir, algumas das principais causas destas transformações e como a vida orgânica das cidades é afetada.
Impactos ambientais em grandes cidades
As metrópoles — definidas como uma grande aglomeração de pessoas em um centro urbano bem definido — que cresceram sem planejamento para detalhes como utilização do solo, controle populacional e sustentabilidade de recursos, apresentam elevado índice de concentração populacional. O considerável aumento no gasto de recursos naturais e aumento na emissão de gases poluentes são dois dos principais impactos ambientais observados nestes casos.
As principais redes de saneamento básico muitas vezes são escassas ou insatisfatórias frente ao enorme contingente populacional destes centros urbanos. O excessivo consumo de água torna-se um problema, à medida que o próprio sistema hídrico não visa a sustentabilidade deste recurso, que geralmente é mal distribuído na malha urbana. A união destes dois fatos (falta de saneamento e ineficiência do sistema hídrico) contribui para a poluição dos rios e mananciais responsáveis pelo abastecimento. Além disso, a situação se agrava quando, pela ausência de políticas públicas voltadas à organização e habitação, observa-se um enorme contingente populacional habitando as regiões destes mananciais.
A concentração predial, cujas laterais são revestidas por espelhos, provoca o que se conhece por ilhas de calor. Estas ilhas alteram de tal forma o clima que, em algumas regiões de uma mesma cidade, pode-se observar uma diferença térmica de até 10 graus. A inversão térmica é também um impacto muito frequentes nestes grandes centros urbanos. A poluição do ar, causada pela liberação de gases — como o dióxido de carbono, provocado especialmente pela concentração massiva de carros —, impede que a troca de temperatura do ar na superfície aconteça. O ar quente, mais leve, concentra-se acima do ar frio e denso, em função das partículas de poluição.
Enchentes e desmoronamentos são frequentes em metrópoles caracterizadas pelo descontrole habitacional. A construção de casas em áreas de risco, onde o solo não é ou não foi preparado para receber tamanho número de pessoas, é comprometida quando alguma chuva forte cai. A erosão, portanto, acontece em função do empobrecimento deste solo.
Solução verde
Para minimizar estes impactos, é necessário que políticas públicas visem a sustentabilidade da cidade e de seus recursos. Pensar no planejamento urbano como medida estratégica contra doenças, fatalidades e desastres ambientais é primordial.
Para isso, a criação e manutenção de áreas verdes, reestruturação das redes de esgoto e hídricas, além do incentivo à habitação em áreas seguras são algumas das medidas capazes de reverter o quadro gerado pelos impactos ambientais.