O inseticida DDT já é há algum tempo alvo de muitas discussões e também de muitas polêmicas ao redor do mundo com relação ao seu uso e o seu potencial de periculosidade ao meio ambiente.
Sua primeira utilização se deu em plena Segunda Guerra Mundial, no ano de 1942, com o intuito de proteger soldados contra doenças como malária, febre amarela e tifo em regiões tropicais onde ocorriam batalhas.
Desde então o uso de DDT se mostrou excelente para o combate de uma série de pragas. Seus ferrenhos defensores alegam ainda que o DDT é um inseticida de baixo custo, e sua eficiência é tão grande que ele é tido como um dos responsáveis por reduzir drasticamente os casos de malaria em muitas regiões.
Além disso, os mesmos defensores salientam que quando o DDT é utilizado de forma correta, ou seja, somente no interior de muros de residências e não aleatoriamente no ambiente, ele não provoca quaisquer danos.
Já a corrente que é contra o uso de DDT indica que ele é um composto do tipo organoclorado, cujas características incluem a grande demora para se degradar no meio ambiente (alta estabilidade), e a perigosa capacidade de acumulação em organismos vivos.
Dessa forma, ao se concentrar dentro de organismos vivos (e isso inclui os seres humanos), o DDT seria responsável direto pela dizimação de diversas espécies.
Nos seres humanos, o DDT seria capaz de provocar danos igualmente severos, como alteração de níveis hormonais, defeitos congênitos, depressão do sistema imunológico, infertilidade e até mesmo câncer.
Frente a essas acusações e críticas, muitos foram os países que adotaram medidas severas para o uso de DDT, além dos países que baniram completamente seu uso, como a Suíça, já em 1939, e os Estados Unidos, em 1972.
No Brasil, no ano de 1985, os inseticidas do tipo DDT perderam autorização para utilização agrícola. Já em 1998 seu uso em campanhas de saúde pública foi banido e, finalmente em 2009, ele foi completamente proibido em todo o território nacional.
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