Mais de 94 milhões de toneladas de resíduos secos foram coletados
A cidade de São Paulo bateu recorde, em 2020, na coleta de resíduos sólidos recicláveis. De acordo com a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), de janeiro a dezembro do último ano, foram coletadas 94,4 milhões de toneladas de resíduos secos passíveis de reciclagem – um aumento de 17,4%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o presidente da Amlurb, Edson Tomaz de Lima Filho, a pandemia foi determinante na mudança do comportamento dos paulistanos em relação ao lixo produzido em casa. “Desde o início da pandemia, nós começamos a monitorar os dados de perto. Nessa quarentena, houve uma quebra de rotina, as famílias passaram a trabalhar e realizar as refeições em casa. Fato que, consequentemente, gera-se mais embalagens”, disse.
Especificamente, no período atingido pela pandemia, de março a dezembro, o aumento da coleta seletiva foi ainda maior: aumentaram em 20%, quando comparados ao mesmo período de 2019.
Coleta seletiva em São Paulo
A coleta domiciliar seletiva está presente nos 96 distritos do município de São Paulo, cobrindo cerca de 76% das vias. Na prática, as empresas de coleta recolhem os resíduos recicláveis nas residências e destinam prioritariamente para as 25 cooperativas de reciclagem habilitadas no Programa Socioambiental de Coleta Seletiva da Prefeitura, que ficam com 100% do lucro das vendas dos materiais, gerando renda para cerca de 940 famílias de cooperados.
Os resíduos remanescentes são encaminhados para às duas Centrais Mecanizadas de Triagem da capital (Carolina Maria de Jesus e Ponte Pequena), com capacidade operacional de 250 toneladas/dia, cada uma. Na cidade de São Paulo são coletadas aproximadamente 20 mil toneladas de resíduos por dia, sendo cerca de 12 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares.