fev 14

Por que reciclar os resíduos eletroeletrônicos?

Por Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) entende-se todos os dispositivos eletroeletrônicos, de celulares, tablets e computadores a TVs, lavadoras de louça e de roupa, geladeiras ou micro-ondas. Também inclui aparelhos menores, como furadeiras, panelas elétricas, mixer, processador de alimentos, purificador de água, secador de cabelo, ventiladores e liquidificadores, além de qualquer tipo de pilha ou bateria.

Garantir a reciclagem e reutilização de nossos produtos é cada vez mais importante, porque uma sociedade impulsionada pela tecnologia em rápida evolução, é inegável afirmar que geramos uma grande quantidade desses resíduos.  

No Brasil, estima-se que joguemos fora aproximadamente dois milhões de toneladas de aparelhos eletroeletrônicos (celulares, liquidificadores, computadores, fones de ouvido, adaptadores de tomada, etc) e pilhas. Menos de 3% disso é reciclado, atualmente. E mais: estima-se que 85% dos brasileiros mantenham em casa algum tipo de equipamento elétrico ou eletrônico que não funciona mais. 

Números maiores, perigo à vista

O relatório Global E-waste Monitor das Nações Unidas aponta que os REEEs devem crescer para 75 milhões de toneladas métricas até 2030. Isso é preocupante, não apenas porque muitos dos produtos que descartamos podem ser reutilizados, reduzindo a necessidade de produzir mais, mas também porque esses produtos contêm produtos químicos nocivos que podem ser lixiviados no meio ambiente.

Alguns compostos, embora sejam biodegradáveis, podem permanecer no solo por séculos, contaminando tudo enquanto isso. Já materiais nobres como ouro, prata, cobre e platina, além de metais raros são difíceis de se conseguir na natureza. Além disso, itens descartados sem cuidado podem acabar sendo exportados para países como China, Índia e Nigéria, onde trabalhadores de operações informais de reciclagem usam técnicas brutas para extrair metais e componentes valiosos. Eles então vendem esses componentes e queimam o que sobrou, poluindo ainda mais o meio ambiente – sem se importar com o risco à própria vida.

É lei!

Muitas pessoas ainda não sabem que os aparelhos eletrônicos podem ser reciclados. Embora uma grande quantidade de produtos elétricos seja comprada a cada ano – número que só aumenta com os avanços tecnológicos – apenas uma pequena proporção desses itens é levada para reciclagem. Só que, de acordo com o Artigo 33 da Lei N° 12.305/2010 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, ou PNRS, o fabricante é obrigado a fazer a logística reversa dos eletroeletrônicos que comercializa. Ou seja, é responsabilidade do dono procurar o fabricante, que é obrigado a recolher e descartar de forma ecologicamente correta.

Um aparelho, infinitas possibilidades

De um único aparelho eletroeletrônico é possível retirar plástico, vidro, cobre, metais preciosos como ouro e prata, papel e muitos outros que voltam para a cadeia produtiva para a fabricação de novos produtos. Uma tonelada de celulares, por exemplo, pode conter 3,5 kg de prata, 130 kg de cobre e 340 gramas de ouro. Considerando que 75% de toda a energia gasta na indústria é usada na extração e refinamento de matéria-prima, já dá para imaginar a economia que seria feita se esses insumos, ao invés de extraídos, fossem reaproveitados. Além disso, o tratamento necessário na extração desses materiais é altamente poluente. Fazendo a reciclagem destes produtos, a gente ajuda a frear o aquecimento global.

Então, vamos dar um novo destino àquele eletroeletrônico parado na sua casa e que você não usa mais? Clique aqui para localizar o Ponto de Coleta Voluntária mais perto da sua casa. Visando contribuir para um mundo mais sustentável, cada um deve fazer sua parte.

Fontes: AgênciaBrasil | World Economic Forum | Estadão | Green Eletron

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