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Reciclagem de eletrônicos: o destino da sucata eletrônica

Com o avanço da tecnologia e a enorme oferta de produtos eletrônicos mais modernos e sofisticados a cada dia, estamos sempre nos adaptando ao mercado e suas exigências. Basta perceber quantos produtos eletrônicos adquirimos ou substituímos por outros mais novos nos últimos anos.

Flickr.com/roosewelt A sucata eletrônica deve ser encaminhda ao fabricante através da logística reversa.
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No Brasil, as regiões Sul e Sudeste produzem 67% de todo o lixo eletrônico nacional. Televisores, computadores, impressoras, rádios, celulares, dentre outros, necessitam de um descarte correto, pois em sua composição encontram-se componentes tóxicos e não biodegradáveis, que contaminam o solo, o ar e respectivamente o ser humano.

Compõem o lixo eletrônico:

  • Informática e comunicações como impressoras, monitores, PC’s, telefones, fax etc.
  • Entretenimento, dentre eles, aparelhos de som, televisores, leitores de CD.
  • Itens de iluminação, principalmente as lâmpadas fluorescentes.
  • Linha branca, como fogões, freezers e geladeiras.
  • Aparelhos domésticos de pequeno porte, como aspiradores, liquidificadores etc.
  • Esporte/Lazer, onde se encontram brinquedos e aparelhos de ginástica, por exemplo.
  • Instrumentos médicos.
  • Aparelhos de vigilância.

Muitos produtos ainda não dispõem de leis específicas, apenas normas legais de descarte específicas para alguns produtos, como pilhas e baterias, que são recebidas pelo fabricante. Do restante, devido à falta de informação, resíduos tóxicos como monitores e reatores são vendidos como sucata e o que não é reaproveitado vai parar em aterros sanitários e lixões. Infelizmente essa é a realidade brasileira da reciclagem de eletrônicos, bem diferente da Europa, onde tudo o que for produzido deve ser destinado corretamente pelo fabricante.

A maior parte da sucata eletrônica recolhida na Brasil é processada dessa forma: primeiro se separa manualmente as partes mais valiosas, mais expostas, ou as que não podem ser descaracterizadas, como monitores de computador, por exemplo. Todo o restante desse lixo é moído, acomodado em contêineres, e enviado para o exterior.

Assim, plásticos são encaminhados para empresas de reciclagem, cortam-se em via úmida os tubos de monitores que produzem óxidos metálicos. Placas são moídas, sofrem separação química, seguida de banho e separação interna. Tudo para extrair os metais presentes naquela matéria-prima. É um processo químico e longo que reprocessa os resíduos tecnológicos a fim de encaminhar sais e óxidos metálicos, muito utilizados em indústrias químicas, de colorífico, cerâmicas e refratárias.

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