No Brasil, as cidades, principalmente as grandes cidades, são territórios onde o que impera é o trânsito caótico, o excesso de poluição, a falta de áreas verdes, a inexistência de mobilidade urbana, etc.
Esses fatores, muito mais do que desagradáveis ou passageiros, se tornaram, na grande maioria das vezes, a realidade dos cidadãos, sendo obstáculos a serem superados diariamente no corre-corre dos centros urbanos.
É óbvio que essa situação atual é fruto da total inexistência de um planejamento urbano inicial eficiente, que tivesse priorizado o indivíduo, o cidadão, suas necessidades e bem-estar.
Assim, há de se evidenciar a dificuldade das administrações públicas atuais em tentar reverter esses problemas, visto a problemática envolvida na implementação mesmo de pequenas mudanças em grandes centros urbanos.
Do mesmo modo, há de se ressaltar também que, desde o ano de 2001, existe no Brasil a Lei Federal 10.257, conhecida também como Estatuto da Cidade, que, dentre outras coisas, define as diretrizes gerais voltadas para o desenvolvimento urbano das cidades e dos municípios brasileiros.
Esse Estatuto caracteriza-se pela formulação de políticas voltadas para a gestão das cidades, sempre de forma democrática e planejada.
É bom salientar também que projetos semelhantes foram implantados com sucesso em muitos outros países e centros urbanos mundo a fora, tendo sempre a sustentabilidade como eixo estratégico.
Talvez, o ponto chave para se conseguir melhorar a questão do equilíbrio ambiental dentro dos centros urbanos brasileiros, segundo especialistas, esteja exatamente na redução do impacto ambiental.
Para isso, se faz necessária a adoção de políticas públicas eficientes, que consigam agir juntamente com o planejamento urbano, a fim de que a população tenha a seu dispor fatores cruciais de sustentabilidade, tal como a mobilidade urbana e a fácil utilização de transportes coletivos de qualidade e de baixa emissão de carbono; programas voltados à reciclagem de resíduos; maior oferta de áreas verdes adequadas; saneamento básico e programas de tratamento de esgoto para toda a população; programas voltados para a construção de moradias populares de qualidade; maior oferta de empregos e serviços; maior oferta de programas de erradicação do trabalho infantil; assim como maior oferta de creches e escolas de qualidade para erradicação do analfabetismo, etc.